Fofa,
Já passei por isso e hoje tenho, graças a Deus, um emprego que gosto muito. Vou contar como eu consegui sair dessa.
Eu também era estagiário, fui registrado após anos de serviço, era um local aonde todos os funcionários reclamavam, enfim, um ambiente parecido com o que você descreveu.
A primeira coisa que procurei fazer foi ter PACIÊNCIA; eu era mais jovem (isso foi a uns 3 ou 4 anos atrás), e coloquei na cabeça que as coisas nem sempre acontecem na velocidade que gostaria. Por mais que isso fosse incômodo.
Passei a MANDAR CURRÍCULOS PARA VAGAS QUE ME AGRADAVAM. O trampo era horrível, mas pagava as minhas contas! (só pra você entender, tente imaginar sua vida de hoje, se estivesse desempregada) Isso me dava a tranquilidade necessária pra procurar um EMPREGO (algo decente, e não o "primeiro que viesse"), não adiantaria nada trocar seis por meia dúzia.
Vagas agradáveis, porém realistas. Eu era um estagiário de informática, procurei por vagas do "próximo passo": programador, analista de suporte...
Reconheço que naquela época, errei por ter ficado tão inerte, pois sabia que aquela empresa "não iria virar nada"; mas, ao mesmo tempo não adiantava ficar se lamentando, como se fosse algo irreversível.
Depois, passei a procurar EXTRAIR O MÁXIMO DAS COISAS QUE JÁ TINHA. Utilizava a pouca estrutura que a empresa proporcionava (uma conexãozinha de 512kbps, mas que dava show na minha de 56k de casa) pra estudar, baixar coisas que fossem pesadas demais, gravar em CD e utilizar em casa... enfim, tentei tirar o foco das coisas ruins que via (até por que não era muito difícil notá-las trabalhando lá :)), e tentava aprimorar os meus pontos positivos. Boa parte do conhecimento que eu utilizo até hoje surgiu nessa época.
Pois é... passei 3 meses desse jeito. Um dia, tomei uma suspensão INJUSTA de 10 dias (recebia por hora, isso iria significar 1/3 a menos de salário... grrrr, que raiva!), e no 7º dia dessa suspensão, o telefone tocou.
Fiz um teste, no dia seguinte, já era um empregado da outra empresa, na qual fiquei 1 ano e 5 meses. Não tinha um currículo "poderoso", mas tentei suprir a falta de experiência com conhecimento, estudando pra valer. E esse conhecimento que foi necessário pra eu passar no teste.
Não teve "mágica", "técnica" na confecção do currículo... só um pouco de bom senso. O importante foi manter o foco na minha carreira, e não só em "sair do emprego". E funcionou! :)